O Resgate de Jogos Populares na Cultura Corporal do Movimento

O Resgate de Jogos Populares na Cultura Corporal do Movimento

A prática de jogos populares, no âmbito da educação física escolar, corresponde a um conteúdo sugerido pelos documentos de orientação, os quais são desenvolvidos pelos órgãos educacionais brasileiros.     

As brincadeiras populares são um fenômeno histórico-social de grande significação cultural de massa. Independentes de gênero, ideologia, etnia, credo, raça e condições socioeconômicas, elas podem ser utilizadas como instrumento democrático de interação social lúdica e contextualizada. Por fazer parte da cultura em que o aluno está inserido, o jogo tradicional gera identificação e aceitação e deve ser tratado de forma pedagógica ao ser inserido nas aulas de educação física (SANTOS e KOCIAN, 2006).

Um ponto crítico da utilização de brincadeiras populares tradicionais, como conteúdo das aulas de educação física é o fato de, muitas vezes, essa atividade ser inserida sem qualquer tratamento pedagógico, sendo, constantemente, aplicada apenas como elemento de distração, concernente, portanto, a como as crianças fariam no tempo livre. Cabe ao professor contextualizar a prática das brincadeiras tradicionais em valores educativos previstos no planejamento pedagógico de sua aula. Com base nos jogos populares, pode-se discutir com os alunos os valores de cooperação, integração social por meio do cumprimento de papéis, a associação de características gerais da cultura popular, tais como a musicalidade e o folclore, além de outros valores específicos de cada jogo (SANTOS e KOCIAN, 2006).

A construção dos conteúdos envolvendo jogos populares também é um fator importante de resgate cultural. Ao solicitar que os alunos pesquisem os jogos praticados pelos pais, tios e avós na infância, pode-se proporcionar uma interação das crianças com seus parentes, diminuindo os choques de gerações que, muitas vezes, se verificam, estreitando os laços familiares e a manutenção do diálogo e da troca de culturas (CALEGARI e PRODÓCIMO, 2006).

Tal prática também possibilita que crianças de ambos os gêneros brinquem juntas, minimizando o choque entre os gêneros e promovendo a integração social, uma vez que a prática dos jogos tradicionais envolve, em muitas ocasiões, a cooperação (CALEGARI e PRODÓCIMO, 2006).

O oferecimento de oportunidades lúdicas que envolvem os jogos tradicionais pode representar uma situação de ampliação no repertório de habilidades motoras das crianças da sociedade contemporânea, uma vez que elas, muitas vezes, aderem ao sedentarismo em função da disseminação de jogos eletrônicos e videogames. A inserção desses jogos pode ser feita de forma criativa e deve-se apropriar de linguagens e musicalidade atuais, explorando inúmeras possibilidades de variação e criação (CALEGARI e PRODÓCIMO, 2006).
Essa prática integrada as atividades esportivas, cria uma condiçao multidisciplinar, que alicerça a nossa metodologia, principalmente nas primeiras etapas de aprendizagem.

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